Quarta maior cidade da Bahia em população com 299.579 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), pode entrar para um seleto rol de municípios do estado que tem a possibilidade de decidir as eleições para prefeito em segundo turno.
Isso porque, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relativas de março deste ano, a "Cidade do Polo" conta com 201.224 eleitores divididos nas duas zonas da cidade (170 e 171).
Assim, Camaçari se juntaria a Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista, três cidades baianas que tem a possibilidade de decidir o pleito no 2º turno. Na capital baiana, a última vez que isso aconteceu foi em 2012, quando ACM Neto, à época no Democratas, venceu Nelson Pelegrino, então no PT.
Em Feira de Santana, as duas últimas eleições foram decididas desta forma. Em 2016, Zé Ronaldo (União) bateu Zé Neto (PT). Quatro anos depois, o petista foi novamente derrotado nesta fase do pleito, desta vez para Colbert Martins Filho (MDB).
Já na "Suíça Baiana", o cenário vem ocorrendo desde 2012. Naquele ano, Guilherme Menezes (PT) venceu Herzem Gusmão (MDB). Quatro anos depois, o emedebista bateu Zé Raimundo (PT). Em 2020, o cenário se repetiu com os mesmos personagens – em 2021, Herzem Gusmão morreu devido a complicações da covid-19. No lugar dele assumiu a então vice, Sheila Lemos (União).
De acordo com a Constituição Federal, o segundo turno de uma eleição municipal, para prefeito, ocorre nas cidades que possuam mais de 200 mil eleitores.
Em Camaçari, o secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), e o vereador Flávio Matos (União), devem protagonizar a disputa na cidade e podem até decidir as eleições no segundo turno, caso o cenário se confirme.