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Operação da PF em Salvador combate tráfico internacional de animais

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (27) a Operação Leari & Rosalia, cumprindo mandados judiciais decorrentes de investigação relativa ao tráfico internacional de animais.

Divulgação PF
Divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (27) a Operação Leari & Rosalia, cumprindo mandados judiciais decorrentes de investigação relativa ao tráfico internacional de animais.

A investigação começou com a notícia da apreensão de 17 micos-leões-dourados (Leontopithecus rosalia) e 12 araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari), espécies endêmicas do Brasil e ameaçadas de extinção, no dia 12 de fevereiro de 2024, após a revista em uma embarcação brasileira, realizada pela Guarda Costeira da República Togolesa.

Na ocasião, os tripulantes da embarcação, que deixou o Brasil com destino ao Benin transportando animais acompanhados de licenças CITES da Guiana inautênticas, foram presos em flagrante delito, por estarem na posse de animais protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), da qual o Togo é signatário.

Os animais, vítimas do tráfico internacional, foram repatriados ao Brasil, em ação conjunta do Ibama com a Polícia Federal, tendo sido encaminhados a centros de reabilitação, localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A PF ressalta que o tráfico de animais silvestres causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos. Em risco de extinção, as Araras-Azuis-de-Lear são apenas encontradas na região do Raso da Catarina, na Bahia. Já os micos-leões-dourados são oriundos da mata atlântica do Rio de Janeiro.

Nesta manhã, uma equipe da Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de animais, maus-tratos de animais e organização criminosa. As penas, somadas, podem chegar a 18 anos de reclusão.