A secretária municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal, Marcelle Moraes, rebateu, nesta quinta-feira (21), as acusações feitas pelo seu irmão, o ex-deputado Marcell Moraes, após ela solicitar uma Medida Protetiva de Urgência proposta contra ele.
Em nota enviada ao Portal Salvador FM (confira abaixo na íntegra), a secretária disse que "mesmo com a Medida Protetiva, tendo Marcell Moraes conhecimento da mesma desde junho de 2023, ele não deixou de tentar me caluniar e atacar por diversas vezes, inclusive durante minha gravidez e, agora, na fase do puerpério, com suas últimas agressões verbais na quarta-feira (20/3), durante uma live em sua rede social".
Na transmissão, Marcell informou que, foi alvo de uma ação judicial que o proíbe de se aproximar da irmã. A decisão de medida protetiva ocorreu às vésperas da inauguração do hospital público veterinário de Salvador, proposição de Marcell, enquanto legislador municipal, apresentada em 2013. Em entrevistas recentes, Marcelle afirmou que sua gestão tirou a unidade de saúde animal do papel.
O ex-parlamentar classificou a atitude da irmã como ingratidão, já que a ajudou a conquistar 16 mil votos na primeira eleição e ressaltou ser o padrinho político dela.
Confira a nota na íntegra:
"Diante da postura de Marcell Moraes sobre a Medida Protetiva de Urgência (MPU) proposta contra ele, e em vigor de 27 de janeiro de 2023, venho a público repudiar tamanha exposição de um assunto tão delicado e privado – o que só reforça as inúmeras violências psicológicas que vivi ao longo dos anos.
Mesmo com a Medida Protetiva, tendo Marcell Moraes conhecimento da mesma desde junho de 2023, ele não deixou de tentar me caluniar e atacar por diversas vezes, inclusive durante minha gravidez e, agora, na fase do puerpério, com suas últimas agressões verbais na quarta-feira (20/3), durante uma live em sua rede social.
Por essas razões, decidi compartilhar a sensação permanente de medo em face de ameaças recebidas contra a minha integridade física e moral oriunda deste cidadão.
Quero deixar claro que a Medida Protetiva não tem nenhuma motivação política, e sim resultado de inúmeros comportamentos agressivos, abusivos, manipuladores e tóxicos contra mim e minha família. Tais condutas foram praticadas reiteradamente por anos; e não tive alternativa senão buscar a Lei Maria da Penha numa tentativa de cessá-las para preservar minha saúde física e mental.
Sobre as acusações, tenho absoluta convicção das razões que o motivam a atingir minha vida pessoal e profissional, e isso não se resume à entrega do Hospital Veterinário, vai além. Não posso mais aceitar qualquer tipo de ação que viole minha dignidade como pessoa, mulher, esposa e mãe.
A Medida Protetiva se mantém em vigor e sob segredo de Justiça para preservar a todos os envolvidos. Mas, apesar de eu ter tentado mantê-la em sigilo durante todo esse período, Marcell foi a público para tentar transformar um assunto privado num escândalo político; expondo ao público de forma lamentável e de forma manipuladora um triste drama familiar.
Sou mais uma mulher dentre muitas que só querem proteção e paz para mim e minha família; quero viver minha vida pública e privada respeitando e sendo respeitada.
Confio na Justiça e, sobretudo, na Justiça Divina".