O PCdoB foi deixado de lado na corrida à disputa de cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Aos "45 do segundo tempo", o deputado Fabrício Falcão (PCdoB) perdeu a chance de disputa.
O deputado pediu que a Mesa Diretora da Alba o inscrevesse para competir pelo posto. Entretanto, na terça-feira (27), integrantes da Mesa Diretora – que é formada por oito deputados que ocupam cargos de vice-presidente/secretário e o presidente da Alba, Adolfo Menezes (PSD) – iriam se reunir para definir se Fabrício Falcão poderia ser candidato ou não. Mas uma articulação do fez com que não houvesse quórum para a reunião.Para ter o encontro, era preciso ter, no mínimo, cinco deputados presentes. Mas apenas três compareceram: Marcelinho Veiga (União Brasil), Samuel Júnior (Republicanos) e Zó, além de Adolfo Menezes.
Sem possibilidades, o PCdoB da Bahia emitiu uma dura nota e informou que representantes do partido não irão comparecer a votação para o TCM, que acontece no próximo dia 5 de março.
Diante de tais acontecimentos e resguardando nossa autonomia política, definimos por não comparecer para votar no dia da eleição do conselheiro na Assembleia Legislativa, deixando claro publicamente que não aceitamos a postura desrespeitosa a que fomos submetidos. E mais adiante, vamos examinar melhor o caso na direção do partido para tirar as devidas consequências”, diz trecho do comunicado.
Leia a nota na íntegra:
Como se sabe, o PCdoB indicou o respeitado deputado Fabrício Falcão para participar do processo de eleição do Conselheiro do TCM na Assembleia Legislativa. Ele reúne as qualidades técnicas, políticas e profissionais para a ocupação da vaga, já que tem vasta experiência parlamentar e formação acadêmica. A apresentação também foi decorrente de um compromisso do governo em torno da indicação de um quadro do PCdoB, depois de na eleição anterior, na qual o deputado Fabricio também era candidato, a candidatura foi retirada para atender um apelo para o apoio a Aline Peixoto.
Não somente foi ignorado o acerto em torno da indicação desta vaga, como foi montada uma operação – um verdadeiro rolo compressor – de inviabilização até mesmo da inscrição para a disputa na Assembleia, não permitindo nem o direito democrático do deputado candidatar-se – uma ação absolutamente injustificável, quando se trata de impedir a qualquer custo o protagonismo de um aliado histórico do PT desde 2006, ano em que derrotamos o carlismo na Bahia. E para completar, a imprensa já anuncia que a vaga seguinte irá para um outro partido, um acordo feito pelo PT e pelo governo, ou seja, excluindo, isolando o PCdoB, uma política deliberada de contenção de um partido de esquerda, de restringir o crescimento de um parceiro.
Diante de tais acontecimentos e resguardando nossa autonomia política, definimos por não comparecer para votar no dia da eleição do conselheiro na Assembleia Legislativa, deixando claro publicamente que não aceitamos a postura desrespeitosa a que fomos submetidos. E mais adiante, vamos examinar melhor o caso na direção do partido para tirar as devidas consequências.
O PCdoB vai completar 102 anos de história neste mês, sempre presente nas lutas do povo brasileiro por democracia e direitos sociais. Nos orgulhamos de nossa trajetória e episódios desse tipo só reforçam nossa unidade para seguirmos firmes e de cabeça erguida em busca da superação dos desafios que se apresentam.
Direção Estadual
Bancada do PCdoB da Assembleia Legislativa