O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou uma estratégia com o intuito de frear candidaturas de aliados do presidente Lula (PT), nas eleições de outubro deste ano. O liberal, conforme a Folha, deve atuar com pragmatismo durante o pleito, principalmente nas capitais.
Em São Paulo, o ex-chefe do Executivo confirmou apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), movimento que impôs a desistência do deputado federal Ricardo Salles (PL), classificado pelo ex-presidente como o seu "candidato do coração".
Em Natal–RN, a legenda de Bolsonaro desistiu da corrida pela Prefeitura da capital potiguar e selou apoio ao deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) com a promessa de unificar à direita na capital potiguar em torno de uma única candidatura.
Em Salvador, o PL vem ensaiando movimento semelhante. Na capital baiana, a sigla sinaliza uma aliança com o prefeito e candidato à reeleição Bruno Reis (União Brasil). Os partidos ainda afinam os detalhes da parceria, que caminha para ser selada em março.
Nas eleições de 2020, o PL não elegeu prefeitos nas capitais, assim como o PSL, partido ao qual Bolsonaro era filiado na época. Atualmente, o único prefeito de capital do PL é João Henrique Caldas, o JHC, que se filiou ao partido em 2022 após deixar o PSB — ele é chefe do Executivo em Maceió–AL.
Desta vez, o partido vai para as eleições municipais com uma meta ousada de eleger mil prefeitos e deve ter candidato próprio em ao menos 14 capitais.