Política

Jader Barbalho ofereceu banco para gerir propinas, diz Sérgio Machado

Nos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR), o delator disse que o peemedebista o ''pressionava muito'' por recursos ilícitos

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 src=Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contou que o pagamento de propinas ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA) envolveu, além de doações oficiais de campanha, repasses em espécie feitos por um empresário que pretendia fechar contrato com a subsidiária da Petrobras e até a oferta de apoio “logístico” de um banco.

Nos depoimentos à Procuradoria-Geral da República (PGR), o delator disse que o peemedebista o “pressionava muito” por recursos ilícitos. Machado revelou ter dado, entre 2004 e 2007, R$ 4,25 milhões para Jader, sendo R$ 1,25 milhão em contribuições eleitorais e outros R$ 3 milhões em espécie. As entregas, segundo ele, eram feitas por um funcionário da empresa de seu filho, Daniel.Parte do dinheiro referia-se a uma dívida de US$ 100 mil (R$ 348 9 mil, ao câmbio desta quinta-feira) de Jader com um advogado. Conforme a versão do delator, a quantia foi rateada e paga pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA), também citados como beneficiários do esquema na Transpetro.

Machado afirmou que, como havia muita pressão, também cobrou suborno do empresário Miguel Iskin, que estaria tentando direcionar uma licitação na subsidiária da Petrobrás para obter contrato de tratamento de resíduos sólidos. O pagamento, cujo valor não foi informado, teria sido feito. Apesar disso, Machado disse que Iskin não fechou o negócio, que beneficiaria uma empresa francesa. “Miguel reclamou muito.” Conteúdo Estadão