O presidente Lula (PT) rebateu o seu antecessor no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), após o liberal afirmar, na segunda-feira (29), que a operação da Polícia Federal (PF) que teve um dos filhos dele como alvo, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), representou uma "perseguição" contra a sua família.
Em entrevista nesta terça (30), Lula disse que os trabalhos de apuração da corporação sobre a 'Abin Paralela' não estão sendo realizados com o objetivo de importunar o ex-presidente e seus familiares.
"O governo brasileiro não manda na Polícia Federal, muito menos o governo manda na Justiça. Ou seja, você tem um processo de investigação, você tem decisão de um ministro da Suprema Corte que mandou fazer busca e apreensão sobre suspeita de utilização com má-fé pela Abin, dos quais o delegado que era responsável era ligado à família Bolsonaro", disse Lula à rádio CBN Recife.
Na ocasião, além de demonstrar insegurança com relação a Abin, Lula disse que a Polícia Federal não deve "fazer pirotecnia" em ações da corporação.
"Todo mundo sabe, tanto PF quanto MP [Ministério Público], quer investigar, investigue, mas não faça show pirotécnico, não fique divulgando nome da pessoa antes de ter prova concreta, não fique destruindo imagem das pessoas antes de investigar", afirmou.