Bahia

Após morte de crianças em incêndio, familiares recebem abrigo na Bahia

Cerca de 20 pessoas foram assistidas com programa de aluguel social. 

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As quatro famílias que moravam no casarão atingido pelo incêndio quematou duas crianças em Cachoeira, no recôncavo da Bahia, estão abrigadas em casas alugadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Em entrevista ao G1 na tarde desta terça-feira (14), o titular da pasta, Mário Gonzaga Jorge Júnior, destacou que são cerca de 20 pessoas atendidas e que todos são familiares das vítimas.

Os corpos dos meninos mortos na tragédia, inicialmente encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Santo Amaro, foram transferidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. O órgão não deu um prazo para liberação dos corpos.

Conforme DPT, em caso de corpos carbonizados não é possível emitir um prazo para conclusão da perícia. Segundo o órgão, os peritos precisam encontrar a melhor forma de identificação das vítimas.

 

 

 

O secretário Mário Jorge afirmou que as pessoas atendidas foram colocadas em dois imóveis. "Estamos acompanhando as famílias desde o início, por meio do aluguel social. Também estamos custeando os gastos com alimentação", disse.

Mário Jorge acrescentou que a prefeitura também irá custear o funeral das duas crianças mortas no incêndio.

Sobre o prédio tombado atingido pelo incêndio, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) diz que deve realizar uma vistoria no imóvel nesta terça-feira e que um relatório preliminar com indicação das primeiras providências a serem adotadas pode ser divulgado na quarta-feira (15). Por conta da tragédia, o prefeito de Cachoeira, Carlos Menezes Pereira, decretou luto oficial de três dias no município.

 

 

 

Corpos encontrados

Os corpos das duas crianças que morreram no incêndio foram encontrados pelos bombeiros na tarde desta segunda-feira (13). As vítimas, dois irmãos de 3 e 4 anos, estavam sob os escombros do casarão. A mãe dos dois meninos acompanhou o trabalho de resgate durante todo o dia, do lado de fora do imóvel.

O primeiro corpo foi retirado do local por volta das 14h. Os bombeiros acreditam que seja o da criança de 3 anos. A segunda vítima foi retirada do local por volta das 15h20. O capitão Adriano Bertolino, do Corpo de Bombeiros, que coordenou o resgate dos corpos, disse que houve dificuldades da equipe de chegar até as vítimas por conta das condições precárias do imóvel. "A estrutura estava em colapso diante do fogo", disse.

As causas do incêndio serão apuradas pela Polícia Civil. De acordo com as informações iniciais dos bombeiros, há a suspeita de que o fogo tenha sido provocado explosivos juninos usados pelas crianças no quarto onde elas estavam. As chamas se alastraram rapidamente. A perícia da Polícia Técnica vai determinar as causas do incêndio. A mãe e a avó dos meninos conseguiram sair do imóvel.

 

(Reprodução: G1)