O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para informar sobre a operação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).
O liberal, na quinta-feira (18), foi o principal alvo de buscas na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada pela Polícia Federal (PF). A ação visa identificar indivíduos envolvidos no planejamento, financiamento e incitação aos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.
Ele passou a ser investigado após a PF identificar troca de mensagens entre ele um grupo de golpistas, em que eram passadas orientações sobre os atos antidemocráticos entre o fim de 2022 e o início de 2023, em meio à eleição presidencial.
A informação sobre a ausência de comunicação entre o magistrado e o pepista foi repassada a aliados pelo próprio Arthur Lira, que disse ter sido informado, apenas pela Polícia Legislativa, que os agentes da Polícia Federal estavam nas dependências da Câmara para cumprir mandado de busca e apreensão no gabinete de Jordy.
Segundo o clunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, a postura adotada por Moraes contraria tradição do Poder Judiciário de avisar aos chefes do Legislativo sobre operações realizadas no Congresso.
Nos bastidores, deputados agora cobram uma reação de Lira com relação à operação. No entanto, o presidente da Câmara disse a aliados que pretendia falar com Jordy antes de pronunciar sobre o assunto.
