O vereador de Salvador, Arnando Lessa (PT), traçou nesta terça-feira (16) qual deve ser o perfil da vice do pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), nas eleições de outubro deste ano e quais os motivos para essa escolha.
O edil defendeu que o posto seja ocupado por uma mulher, negra e conhecedora dos problemas da cidade. Para o petista, os nomes que têm sido colocados – a exemplo de Fábya Reis (PT) e Ângela Guimarães (PCdoB) – são todos bem avaliados. No entanto, a postulante não necessariamente precisaria estar filiada a qualquer partida, sendo portanto uma outsider.
"O perfil deve ser de uma mulher, pois Salvador é uma cidade majoriatriamente composta por mulheres, que vivem nas periferia, subempregada ou desempregada, na vida informal […] Aqui, 303 mil mulheres sobrevivem através do Bolsa Familia […] Uma mulher negra em sintonia com os projetos do governo estadual. Nós temos cinco mulheres que podem encabeçar essa tarefa, mas não precisa ser uma mulher de qualquer partido, pode ser uma de fora, uma líder comunitária, por exemplo. Eu defendo isso", disse Lessa, ao Portal Salvador FM. Ele indicou que o PT, inclusive, em nome da unidade da chapa, abrisse mão do posto.
Coordenação
O edil, com larga experiência no Poder Legislativo, foi questionado sobre quem deveria ser o coordenador de campanha de Geraldo Júnior. Para Lessa, uma sugestão seria a formação de um mini-conselho político antes de a decisão ser tomada.
"Eu defendi, inclusive até a ele [Geraldo Júnior], que, antes de uma da criação de uma coordenação executiva de campanha, que se estabeleça um mini-conselho político de personalidades que não precisam ser nomeados", disse, ao citar como exemplos os nomes de Everaldo Anunciação, João Bacelar, Lídice da Mata e Domingos Leonelli. "Esses poderiam fazer parte de um núcleo duro para conversar com o candidato a prefeito e ajustar a caminhada. Leonelli, por exemplo, comandou a campanha vitoriosa de Lídice em 1992 e Everaldo comandou campanhas como as de Wagner, Rui e Jerônimo", ponderou.