Política

Ex-assessor envolvido no escândalo dos 'pastores do MEC' recebe severa punição da CGU

Pelo período de 8 anos, Luciano de Freitas Musse não poderá assumir cargo público

Angelo Miguel/MEC
Angelo Miguel/MEC

O ex-gerente de projetos da secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Luciano de Freitas Musse, foi destituído pela Controladoria-Geral da União (CGU) devido ao seu envolvimento no escândalo de pastores suspeitos de operar um balcão de negócios na pasta, durante a titularidade de Milton Ribeiro.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a CGU concluiu o processo administrativo disciplinar que investigou a participação de Musse na atuação dos pastores evangélicos, Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia, na liberação de recursos do MEC para prefeitos.

Segundo a CGU, o servidor fazia parte da equipe dos pastores que cobravam propina de representantes de municípios para liberar verbas do MEC. Mesmo não sendo servidores, os pastores assessoravam o ministro Milton Ribeiro e intermediavam suas reuniões com os prefeitos. Na época do escândalo, Musse ocupava o cargo de gerente de projetos ligado à secretaria-executiva do MEC.

Apesar de ter sido exonerado do cargo em março de 2022, Musse não estava impedido de ocupar outra função pública. No entanto, após ouvir testemunhas, incluindo gestores municipais que teriam sido solicitados a pagar propina, a CGU decidiu pela sua destituição e proibição de assumir cargo público por oito anos.