Contra qualquer tipo de especulação de que poderia voltar a disputar o Palácio Thomé de Souza após a derrota na eleição estadual de 2022, o secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, fez questão de pontuar que não tem pretensões eleitorais em 2024.
"Bruno não está em campanha, porque a missão dele hoje é governar Salvador, trabalhar pela cidade e fazer o que tem que fazer, como tem acontecido. Agora, eu posso falar: não sou candidato. Bruno de fato vai disputar a reeleição, com todo o nosso apoio. Vamos estar fechados com ele, mergulhados nessa campanha. E assim, na hora certa, vai-se fazer o debate. Vamos lembrar tudo o que foi feito nesses últimos quase 12 anos pela cidade. Eu não tenho dúvida, Salvador vai confiar mais um mandato em Bruno", apostou Neto, em entrevista ao Portal Salvador FM, nesta quinta-feira (11), durante a Lavagem do Bonfim.
Na opinião do ex-prefeito, o fato de o seu partido integrar a base de apoio ao presidente Lula (PT) em Brasília, não haverá confusão do eleitorado em relação às críticas que o seu grupo tem feito ao governador da Bahia, o também petista Jerônimo Rodrigues.
"A bancada da Câmara e do Senado eventualmente apoia o governo, não é o partido. Não há a posição oficial do partido de apoio ao governo, não há e não haverá. Isso dá toda a liberdade e independência para cada estado, cada cidade seguir sua vida, tocar seu projeto e o nosso aqui é contra o PT", reforçou.
Atualmente, na Esplanada, o União ocupa três ministérios: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes), que não é filiado à sigla, mas foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (AP) dentro da cota partidária.
Já sobre a possibilidade de risco de vinculação ao bolsonarismo, caso o apoio do PL e do ex-ministro João Roma a Bruno se concretize, Neto disse não ver a aliança como "perigosa". "O prefeito Bruno tem que fazer um trabalho amplo, plural. Eu acho que ele deve ter a liberdade, sim, para desenhar o seu projeto político de reeleição para esse ano. Então, eu acho que ele tem que agregar todo mundo que ele puder agregar. Eu acho que é positiva essa conversa aqui em Salvador com o presidente do PL da Bahia, João Roma", considerou.