A pauta principal dos funcionários do Bradesco para a campanha salarial de 2016 é a manutenção do emprego. E não tem como ser diferente. Apesar de negar a onda de demissões, o segundo maior privado do país extinguiu 1.466 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano.
A direção do banco alega que os cortes são naturais, apenas por troca qualitativa, pedidos de demissão e aposentadorias. O que não convence ninguém. Por isso, a minuta tem como prioridade a defesa do emprego, principalmente com a permissão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a compra do HSBC Brasil.
Nenhum bancário, nem do Bradesco e nem do HSBC, vai admitir sobrecarga ou perda de direitos com a incorporação. Demais itens da pauta como auxílio-educação, adiantamento de férias, plano de cargos e salários e remuneração também foram discutidos em reunião entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e a direção do banco, quinta-feira (09/06), em São Paulo.
Luta continua
A próxima negociação está pré-agendada para o dia 22 de junho. Para o encontro, os bancários cobram a apresentação dos números de contratações do Bradesco em todo o país. Lucrar R$ 4,113 bilhões de janeiro a março, reduzir postos e desativar 152 agências é totalmente contraditório. O Bradesco tem de se explicar.
(Fonte: Sindicato dos Bancários – Bahia)