Nenhum representante da Prefeitura de Salvador participou, nesta segunda-feira (8), do ato em defesa da democracia e contra o golpe, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia.
Há exatamente um ano, bolsonaristas radicais depredaram prédios públicos e invadiram sedes de órgãos públicos, como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
No entendimento da vereadora Marta Rodrigues (PT), a ausência do prefeito Bruno Reis na AL-BA pode significar um aceno aos aliados do ex-presidente da República e seu partido, PL, comandado na Bahia pelo seu ex-ministro João Roma. Ex-aliados, ambos discutem a possibilidade de reaver o apoio nas eleições de outubro deste ano.
"É possível, né? Porque o ex-presidente, o inominável, disse o quê? Que não houve nenhuma tentativa de golpe. Os invasores têm uma aversão à coisa pública. A democracia é para todo mundo, para a gente incluir todos aqueles e aquelas que não tiveram oportunidades. Por isso que esse ato aqui requer que, quem estiver à frente de qualquer gestão, tanto prefeitos e prefeitas quanto também vereadores, deputados e senadores, possam legitimar e reafirmar a nossa democracia.", opinou a petista, em entrevista ao Portal Salvador FM.
Para Marta, o ato deveria representar um "momento de unidade" entre os atores do Legislativo, Executivo e Judiciário de todo o país. "Eu tenho a lamentar não ter a presença aqui da Prefeitura, porque é um ato maior, um ato que ultrapassa qualquer birrinha. É um ato que não tem coloração partidária", avaliou.
Simultaneamente ao evento na AL-BA, os apoiadores da gestão municipal estiveram presentes no lançamento do programa Vida Nova, na Casa Pia de São Joaquim, no bairro da Calçada, marcado para a mesma data.