O governador Jerônimo Rodrigues (PT) minimizou o clima de insatisfação dos setores de esquerda dos partidos aliados com a escolha do seu vice, Geraldo Júnior (MDB), como pré-candidato a prefeito de Salvador da base.
Presente ao ato em defesa da democracia e contra o golpe, nesta segunda-feira (8), na Assembleia Legislativa da Bahia, o chefe do Executivo estadual negou ter recebido pedidos de vereadores por uma espécie de "compensação" com a escolha.
"Não recebi isso, não. Eu, como líder dirigente do conselho político, em momento algum teve essa [solicitação de] forma de compensação. É natural que em qualquer lugar, vai ser assim em Feira, vai ser assim em Conquista, vai ser assim em Barreiras, que os partidos precisem equilibrar suas forças, e eu mesmo farei isso. Quando a gente define que nós temos a decisão tomada da unidade, foram os próprios partidos que pediram em Salvador, nós temos que caminhar com a unidade. Aqui não dá para ter dois nomes", afirmou Rodrigues, ao ser interpelado pela Salvador FM.
No entanto, Jerônimo afirmou que ainda discutirá as estratégias de fortalecimento das siglas da sua coalizão para as eleições de outubro. "É claro que nós vamos ponderar o que é que temos que fazer aqui com os partidos aliados. Foi assim com Wagner, foi assim com Rui e será assim comigo. Os partidos aliados contam com o nosso dever e responsabilidade de saírem mais fortes, seja com mais vereadores, mais prefeitos e ali na frente mais deputados. Foi assim com o PP, PSD, PCdoB e nós do PT também. Então, nós vamos equilibrar sempre e vai ser assim em toda a Bahia", completou o governador.
Em relação ao interior, o petista citou alguns nomes que saem na frente para a disputa, a exemplo dos deputados federais Zé Neto (PT), em Feira de Santana, e Waldenor Pereira, que disputa a indicação com a vereadora Lúcia Rocha (MDB) em Vitória da Conquista, e prometeu definições até fevereiro. A unidade é pretendida pelo grupo também em cidades como Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas e Paulo Afonso.