Apesar do favoritismo do deputado estadual Paulo Rangel (PT) na disputa pela cadeira do conselheiro aposentado Fernando Vita no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Marcelo Nilo (Republicanos) aposta que a sua relação com os antigos pares poderá reverter o quadro e levá-lo à vitória.
O petista contou, nesta quinta-feira (4), com o reforço do parlamentar Roberto Carlos (PV), que abdicou da concorrência em função de sua pré-candidatura a prefeito de Juazeiro, no norte do estado. Nas contas do grupo, com a adesão dos quatro integrantes do partido na Casa — Vitor Bonfim, Marquinho Viana e Ludmilla Fiscina, além do próprio dirigente da Juazeirense —, Rangel teria 36 votos garantidos. No entanto, o líder da oposição, Alan Sanches (União), afirma que a ala contrária atuará pela eleição do republicano.
"Não quero falar sobre a saída de RC. Eu sou candidato e acho que tenho chances de ganhar. É claro que é uma eleição difícil, mas estou trabalhando muito. O voto é secreto e criei relações. Quem tiver 32 votos, ganha", ponderou Nilo, em entrevista ao Portal Salvador FM, sobre a maioria simples dos 63 deputados assegurar a vitória.
Marcelo Nilo chefiou a Casa por cinco mandatos consecutivos — único deputado a alcançar o feito — com amplo apoio dos deputados, até retirar a candidatura à quinta reeleição em 2017. Na ocasião, uma coalizão — classificada por ele como "traição — entre o então governador Rui Costa (PT) e seu vice João Leão (PP), atualmente deputado federal, e os senadores Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) levar o hoje também congressista Angelo Coronel (PSD) ao comando do Legislativo baiano.
Procurado, até o fechamento da reportagem, Rangel ainda não havia comentado o cenário.