O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi alvo da Operação Sétimo Mandamento, deflagrada nesta quarta-feira (20) pela Polícia Federal (PF), após ter os sigilos bancário, telefônico, fiscal e de e-mail quebrados por determinação do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Operação Sétimo Mandamento investiga possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. “Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou a PF.
Conforme o G1, um dos alvos de busca da corporação, na manhã de hoje, foi Vinícius Sarciá Rocha, irmão de criação do governador. Na casa dele, agentes apreenderam na casa dele R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie – parte desse dinheiro estava em uma caixa de remédios.
Além de Sarciá, que é presidente do Conselho de Administração da Agerio (a Agência Estadual de Fomento), também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. Por sua vez, Cláudio Castro não é alvo de buscas, mas é investigado.
Em nota, o governador informou que a operação desta quarta-feira (20) não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019 e reiterou ter confiança plena na justiça brasileira.
“A operação deflagrada nesta quarta-feira não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019. Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira", informa a nota.