A senadora Lídice da Mata (PSB) nega que esteja fazendo exigências para se candidatar a prefeita de Salvador em chapa majoritária que pode ter apoio do PT. "Eu não fiz exigência alguma, sequer conversei definitivamente com nenhum dos dois [Rui Costa e Jaques Wagner]", afirmou a socialista em entrevista ao Bahia Notícias.
Lídice afirma que conversou "apenas uma vez" com o governador Rui Costa, por telefone, e uma vez com o presidente do partido PT, Everaldo Anunciação. Ela ressalta que independentemente das negociações com o PT, o PSB ainda não definiu se ela será mesmo candidata.
"O que se debate é dentro das condições, não de exigências – que não fiz – mas dentro das condições que meu partido determinar, de televisão, de ter apoios, condições políticas de analisar candidaturas, se é viável ou se não é viável. Esse debate o meu partido não fiz ainda".
A senadora diz também que a discussão sobre o tema ainda não foi marcada, por causa das "dificuldades de agenda", mas admite que "há uma busca por celeridade".
"Não tem isso de que tem que se reunir até uma data, senão o mundo acaba, não existe isso. Sabemos da urgência em Salvador e em algumas cidades, e estamos buscando fazer uma agenda mais rápida". Lídice pondera que o PSB está "atrasado", assim como o PT.
"Acho sim que o governador, tanto Rui quanto Wagner, demoraram para iniciar as conversas, assumirem o comando da organização. Estamos em cima da hora", avaliou.
A senadora defendeu como "meta", no pleito deste ano, a unidade da esquerda e da base do governo. "O que eu tenho pregado é que se construa uma unidade de esquerda na Bahia, não apenas para a esquerda em Salvador, mas também nas cidades que tem os dois turnos, que não ponham camisa de força nos partidos. É uma meta, pode não se alcançar".
Já o PC do B, que também quer encabeçar uma chapa com apoio do PT, se coloca mais arredio, afirmando que lançará a deputada federal Alice Portugal com ou sem apoio dos petistas. Reprodção/Brasil247