Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quinta-feira (7). A decisão foi tomada Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os magistrados determinaram ainda que o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, assuma a CBF pelo prazo de 30 dias para que conduza uma nova eleição.
Os 21 desembargadores concluíram que o Termo de Acordo de Contuda (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF é ilegal, pelo órgão não ter legitimidade para se interferir nos assuntos internos da Confederação por se tratar de uma entidade privada. A decisão foi unânime e a CBF irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A ação foi movida pelo Minitério Público, em 2018, e pede anulação da eleição do ex-presidente Rogério Caboclo. O processo questiona os critérios da eleição da CBF, na qual, o peso dos votos é proporcionalmente maior para federações em relação aos clube.
Em 2021, a Justiça, em decisão de 1º grau, anulou a eleição de Caboclo e determinou o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e Ronaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como interventores. Logo em seguida, a decisão foi cassada.
A CBF e o Ministério Público fizeram um acordo extrajudicial e assinaram um TAC para dar peso equivalente de votos para clubes e federações.
Em 2022, Ednaldo Rodrigues, que já vinha desempenhando a função de presidente interino, foi formalmente eleito. Logo depois, o processo chegou a ser extinto na 1ª instância. Contudo, Gustavo Feijó, que se elegeu vice-presidente, recorreu da decisão e o processo segue em segunda instância.