Política

Adolfo Menezes se posiciona sobre PEC da reeleição: 'o presidente não é santo'

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê  a reeleição no próximo biênio (2025-2027

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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Adolfo Menezes (PSD), recebeu jornalistas que cobrem o dia a dia da Casa Legislativa durante um almoço, nesta terça-feira, 28, no Salão Nobre. Adolfo fez uma crítica ao período eleitoral brasileiro e analisou a possibilidade de reeleição à presidência da Assembleia. 

“Se dependesse de mim as eleições seriam de cinco em cinco anos. Tivemos uma eleição para governador há um ano e só se fala de eleição no Brasil inteiro. Uma eleição dessa para prefeitos custa bilhões. O presidente não é santo, não vou atropelar ninguém, não pedi a ninguém para fazer lista. Se a casa achar que há outro nome, não tem problema algum. Graças a Deus minha cabeça é muito boa, sei que é passageiro  e vou viver da mesma forma quando sair daqui. O tempo passa rápido e não vou ser presidente eterno”, disse. 

Ainda sobre a Proposta de Emenda à Constituição Estadual, que foi apresentada na última quarta-feira, com assinatura de 47 deputados estaduais, e propõe a reeleição de membros da Mesa Diretora da ALBA, inclusive a presidência, Adolfo reforçou que se coloca contra reeleição em todas as esferas dos poderes executivo e legislativo. 

“A PEC não é eleição, não está tirando de ninguém a possibilidade de lançar seu nome. A PEC discute a possibilidade da volta da reeleição aqui na Assembleia, que foi retirada na época de Marcelo Nilo, que quis fazer o absurdo de ser candidato pela sexta vez.  Se dependesse de mim, o Congresso Nacional já teria feito a mudança na Constituição de acabar a reeleição para tudo. Mas você vê que o próprio Congresso não legisla e deixa essa bagunça”, avaliou. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê  a reeleição no próximo biênio (2025-2027), do presidente da Casa. A medida foi registrada pelo deputado estadual Nelson Leal (PP). A PEC altera trecho da Constituição do Estado da Bahia e viabiliza um terceiro mandato à presidência da Casa, imediatamente subsequente, situação que ainda não é permitida pelo jurídico do Estado.