A rapper Ebony lançou sua nova música “Espero Que Entendam”, onde ela faz uma crítica a diversos homens que compõem o mesmo gênero musical, como Filipe Ret, Orochi e Baco Exu do Blues. Entre os citados, está também L7NNON, que publicou um vídeo em seu Instagram, afirmando concordar com a cantora.
Na canção, Ebony diz que gosta do trabalho e admira os artistas, mas critica principalmente a falta de espaço no cenário do rap e trap para mulheres. Além disso, ela cita também pautas raciais, como fez no trecho em que L7 é citado. “E o L7 que me espere porque porra, mano. Ainda nem me decidi se tu é preto ou branco“, cantou.
Em resposta, nesta quarta-feira (15), L7 afirma conhecer a artista desde o início de sua carreira e concordou que o rap precisa dar mais espaço para as mulheres. “Mano, ‘nós não tá’ aqui pra rebater, ‘nós tá aqui’ pra voltar os olhares realmente, para as minas e para as pessoas que têm menos visibilidade no sentido da falta de oportunidade muitas das vezes, se ligou?”, iniciou.
L7 pontua ainda que homens do eixo Rio de Janeiro e São Paulo, encontram muitas dificuldades no cenário do rap, então afirma que é algo muito mais difícil para mulheres de outros estados.
"A Ebony é uma mina que mano, eu sou fã. Uma mina talentosa à beça. Uma mina preta que veio de baixo, estudada, tá ligado? Fala várias línguas, tipo uma pessoa que entende a parada mesmo, assim como ela falou, que estuda o rap, estuda a música, procura também se aprofundar no bagulho pra entender melhor e saber o que tá fazendo“, elogiou.
Em sua fala, L7NNON admite que o rap não costuma receber as mulheres de portas abertas. “A gente sabe muito bem como é que ama a nossa sociedade e o mundo no geral. Então é isso, é pelas mina tá no topo mesmo, é pelas mina fazer um barulho, é pelas mina tá cada vez melhor, pra que a ascensão das minas venha a ser um bagulho surreal e que venha a ser uma parada que a gente vem aplaudir de pé, tá ligado”, afirmou.
Por fim, o cantor incentivou homens a apoiarem mulheres que trabalham com música e outras profissões diversas.
“Você que tem amiga mulher, que faz música ou que trabalha com qualquer outro bagulho, tem que apoiar, se ligou? Porque eu acho que o bagulho começa em nós, mano. Tudo que nós queremos ver mudar nos outros, acho que tem que mudar em nós primeiro“, encerrou.
ASSISTA: