O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), reforçou as críticas realizadas pela bancada de oposição, liderada pela vereadora Laina Crisóstomo (Psol), de que falta transparência da Prefeitura de Salvador na prestação de contas dos gastos da gestão municipal com o transporte público.
Após a votação que aprovou, por acordo, um subsídio de R$ 205 milhões para o transporte público de Salvador nesta terça (14), o presidente da Casa Legislativa falou sobre os encaminhamentos dados pela Câmara para que Prefeitura preste constas.
"A oposição tem razão. Nós, como vereadores, como pessoas que representamos o povo de Salvador, precisamos dessa transparência, precisamos das planilhas de custo para fazer a avaliação se está correto ou não. Pedi que eles apresentassem o pedido o mais rápido possível. Irei assinar com os vereadores de oposição para que o secretário da Semob [Secretaria Municipal de Mobilidade] e o diretor da Arsal [Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador] para sair o mais rápido possível aqui para a Câmara para que nós possamos ter acesso às planilhas de custo", disse Muniz.
Presidente da CCJ rebate
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Paulo Magalhães (UB), que integra a base de sustentação do prefeito e foi relator da emendas do projeto, rebateu as críticas sobre falta de transparência.
"Não é verdade. As informações que eles pediram, o presidente Carlos Muniz passou. A maior prova disso é que eles aceitaram, fizeram um acordo para a gente votar na tarde de hoje. Se não tivessem essa transparência, se não tivesse mostrado tudo que eles pediram, certamente eles não aceitariam. Então, votamos em regime de urgência urgentíssima. Há muito tempo a gente não faz isso, porque foi fruto de um acordo com a oposição, e também teve emendas apresentadas pela oposição, o relator do projeto, inclusive, no mérito, foi o relator Tiago Ferreira, que é representante do sindicato, assim como Hélio Ferreira. Então, foi discutido de forma democrática, e não é verdade que não houve transparência", rebateu o vereador.