O Sindicato dos Vigilantes da Bahia realizou, na tarde desta sexta-feira (10/11), na cidade de Paulo Afonso/BA, uma manifestação contra as demissões promovidas pela Empresa Interfort, contratante dos trabalhadores lotados na Empresa Chesf.
“A Empresa Interfort já demitiu 123 vigilante. Destes, 80 são da cidade de Paulo Afonso, são pais de família que perderam o seu sustento e terão dificuldade em manter suas famílias”, disse Paulo Brito, presidente do Sindvigilantes Bahia e Diretor Jurídico da CNTV.
Segundo o diretor do Sindvigilantes Bahia, muitos demitidos já trabalham há anos na empresa, são pessoas de idade, o que pode ser um fator dificultador na realocação desses trabalhadores no mercado de trabalho. Segundo ele, muitas empresas não contratam para a função de vigilante pessoas com mais de 40 anos.
“Poderíamos até aceitar a alegação de ser um caso isolado, mas estima-se que o somatório de trabalhadores já desempregados ou com previsão de desligamento nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe ultrapasse 400 Vigilantes, o que significa para estes trabalhadores, muitos deles com até 30 anos atuando na Chesf”, explicou Paulo Brito.
O dirigente contabilizou e classificou as demissões como uma tragédia. “Se considerarmos uma família com média de 05 pessoas, estaremos falando de pelo menos, 1200 pessoas atingidas por esta demissão. Este número, com certeza, pode aumentar”.
Para Paulo Brito, estas demissões trarão prejuízos de caráter social e poderão também afetar a economia da cidade de Paulo Afonso devido à grande quantidade de trabalhadores e suas famílias que serão atingidas por esta medida, além disso “o desemprego dos Vigilantes, a desproteção de funcionários, usuários e do patrimônio da Chesf, por mais que traga algum lucro para a empresa, não parece justificar as tragédias que possam advir”, finalizou o Brito.