Ataques aéreos de Israel atingiram ao menos três hospitais na Faixa de Gaza na última sexta-feira (10), segundo informes do Ministério da Saúde local e da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS). Como a saída dos brasileiros e demais estrangeiros está condicionada à transferência dos feridos da Faixa de Gaza ao Egito, os confrontos em torno dos hospitais podem dificultar a logística para saída das ambulâncias.
Entre os hospitais atacados nesta sexta-feira está o maior da Faixa de Gaza, o Al-Shiva, que fica na cidade de Gaza. “As forças de ocupação israelenses atacaram o Complexo Médico Al-Shifa cinco vezes consecutivas e ainda têm como alvo as proximidades do hospital”, informou a entidade palestina.
Os 34 brasileiros ou familiares foram autorizados a deixar a Faixa de Gaza, mas não conseguiram atravessar a fronteira de Rafah com o Egito porque há um entendimento entre os atores responsáveis pela evacuação dos estrangeiros de que as pessoas de outras nacionalidades só podem sair da zona de guerra depois dos feridos, segundo informou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Viera.
Ontem, passaram ao menos 12 crianças com câncer ou outras doenças para o Egito e Jordânia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Porém, ainda há dezenas de feridos retidos no norte de Gaza, segundo o Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia ocupada. O embaixador do Brasil no local, Alessandro Candeas, disse que a forte presença militar israelense e os combates ao redor de hospitais impedem ou dificultam a saída das ambulâncias.