Bahia

Mais de 6 mil baianos devem ter câncer de próstana na Bahia este ano

Destes, 1.200 são apenas em Salvador.

Pixabay
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Após o Outubro Rosa, chamar atenção para a importância da prevenção do câncer de mama, é a vez de o Novembro Azul despertar a atenção para a saúde masculina. Durante todo o mês, uma série de ações é realizada com o objetivo de conscientizar os homens sobre a necessidade da realização de exames de rotina e a adoção de hábitos saudáveis para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.

De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 71.730 homens devem ter câncer de próstata no Brasil em 2023. Na Bahia, a estimativa é que 6.510 homens devem ter a doença no período e, destes, 1.200 apenas em Salvador.

“Muitos homens consideram o fato de ir ao médico preventivamente como algo dispensável ou adiável. É uma negligência em relação à própria saúde e deve-se muitas vezes, à compreensão distorcida de certos aspectos sobre saúde e doença – a primeira relacionada à virilidade e a outra, à fragilidade. Assim, assumir-se doente seria como se assumir frágil”, declara o urologista Dr. Jailton Campos.

O câncer de próstata é o segundo com maior incidência no Brasil. O homem não tem muito o hábito de realizar os seus exames de check up com frequência, então o Novembro Azul também tem esse cunho de levar a prevenção para eles, que costumam não ter o olhar voltado para saúde da mesma maneira que as mulheres.

Anualmente, ao longo do mês, as ações orientam a população sobre a necessidade de homens acima de 45 anos deixarem o preconceito de lado e fazerem os exames de toque retal e dosagem de PSA no sangue. O controle ainda é a ferramenta mais eficiente no combate ao câncer de próstata. 

“À esposa, filhos, familiares e amigos cabe sinalizar a importância da conscientização que tanto homens quanto mulheres devem ter sobre a eficiência da prevenção, bem como estimular a reformulação do conceito de ‘masculinidade’ para que os homens possam refletir e aceitar com mais naturalidade suas fragilidades físicas e emocionais”, acrescenta o urologista.