Bahia

Aluno é alvo de apelidos e família denuncia injúria racial em colégio de Lauro de Freitas

A família de um adolescente de 12 anos de idade denuncia uma situação de injúria racial que vem ocorrendo em uma escola particular em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Reprodução Google - Ilustrativa
Reprodução Google - Ilustrativa

A família de um adolescente de 12 anos de idade denuncia uma situação de injúria racial que vem ocorrendo em uma escola particular em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Conforme relatado, o estudante é alvo de apelidos de teor racista.   

"Oreo", "50 tons de preto", "sombra 3D", "negresco", "favorito dos policiais" e "tapioca de luto" foram algumas denominações mencionadas que seriam direcionados ao adolescente. O caso está ocorrendo em uma turma do 6° Ano do Ensino Fundamental II, no Colégio Pirâmide.

Em conversa com o Portal Salvador FM, Conceição Paiva, tia do estudante, contou que o problema com apelidos começou no início do ano letivo. "Até então, pensamos que tinha parado, mas continuou e ele ficou calado", disse ao Portal. Este é o primeiro ano do adolescente na escola. 

Segundo Conceição, o caso chegou ao conhecimento da família recentemente, quando uma professora do reforço escolar alertou para a mudança de comportamento do aluno. "Ela disse pra gente que ele estava muito triste porque tinham colocado apelidos racistas nele", afirmou a tia. 

Além dos apelidos, que seriam criados por um mesmo colega de turma, uma música criada por outro aluno relacionando o nome do estudante negro com macaco também integra a série de ataques verbais. 

A família do garoto procurou a direção do Colégio Pirâmide. "As professoras ficaram sabendo disso e não nos comunicaram em momento algum. Quando fui conversar com a diretora, com a coordenadora e a psicóloga, elas queriam encobrir a situação e colocar meu sobrinho como errado", relatou, destacando que o adolescente tem perfil retraído.

Providências

Para registrar a reclamação junto ao colégio, Conceição Paiva enviou um e-mail nos moldes de uma ata para os responsáveis pela escola, narrando os fatos e cobrando providências. Ainda segundo informado ao Portal, o caso de injúria racial será registrado na delegacia de polícia da cidade.

A reportagem do Portal Salvador FM solicitou esclarecimentos à direção do Colégio Pirâmide, mas ainda não recebeu resposta (será incluída assim que for enviada). Em respostas enviadas para a família, responsáveis pela instituição informaram que "as devidas providências estão sendo tomadas" para resolver o problema.