Política

Políticos baianos comentam cancelamento da Fenagro; veja relatos

Seagri emitiu comunicado sobre a não realização do evento, na terça-feira (24)

Divulgação
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Políticos baianos das mais diferentes esferas reagiram ao cancelamento da 33ª edição da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), que tradicionamente acontece no Parque de Exposições de Salvador. Em nota divulgada na terça-feira (24), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) emitiu um comunicado sobre a não realização do evento.

Segundo a pasta, questões administrativas e estruturais do equipamento localizado na Avenida Paralela, além da falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos foram algumas das justificativas apontadas para que a Feira fosse cancelada.

Entre deputados e vereadores, as reações foram as mais diversas. Para o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Alan Sanches (União), o cancelamento da edição de 2023 da Fenagro é um “atestado de incompetência” por parte do Governo do Estado.

“É o maior evento do agro no Norte e Nordeste e gera cerca de R$ 150 milhões em volume de negócios. Acontece uma vez por ano e a Secretaria de Agricultura diz que não houve tempo hábil. É um atestado de incompetência”, afirmou Sanches.

Por sua vez, o vereador Sidninho (Podemos), disse que a gestão Jerônimo Rodrigues (PT) "coloca em xeque" a maior feira agropecuária do norte e nordeste com a decisão tomada. Segundo o edil, a justificativa do Governo baiano não é plausível quando se leva em consideração a frequência com que a Fenagro, que encerra o calendário de feiras agropecuárias do Brasil, não ocorre em Salvador.

"É como se estivéssemos falando de um simples evento do calendário e não de um dos maiores eventos do país, com a expectativa de movimentar mais de R$ 150 milhões em negócios, reunir um público superior a 100 mil pessoas, com exposição de aproximadamente dois mil animais das mais importantes raças, etapas nacionais de competições", frisou.

Outro que se manifestou com críticas ao Governo do Estado foi o presidente do PL na Bahia, João Roma. De acordo com o ex-deputado federal, a única coisa que a gestão Jerônimo Rodrigues fez de concreto, em seu primeiro ano de gestão, foi aumentar impostos.

“A expectativa era de que a Fenagro movimentasse mais de R$ 150 milhões em negócios. Em vez de incentivar o setor produtivo que representa 30% do PIB baiano, o governo do PT joga um balde de água fria”.

Supresa

Quem viu com surpresa a decisão do governo de cancelar a Fenagro em 2023 foi o deputado estadual e líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT). Em conversa com a imprensa, na terça-feira (25), o parlamentar prometeu uma articulação com os colegas de Casa para bancar o custo da realização do evento.

"Conversei com o secretário Tum [Seagri] mais cedo, sobre essa nota, porque quem realiza a Fenagro são as associações de pecuaristas daqui da Bahia (…) Eu estou trabalhando, junto ao deputado Eduardo Salles, no sentido de tentar buscar a viabilidade dessa feira, independente da posição da Seagri. É possível, sim, a realização da feira no Parque de Exposições", afirmou o deputado petista.