Política

“O vice não vai criar problema para o governador nessa disputa”, diz Lúcio Viera Lima sobre retirada de candidatura

O emedebista ainda comentou sobre a reunião política que ocorreu no último sábado (14). Jerônimo ouviu mais que falou.

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O presidente de honra do MDB na Bahia, Lucio Vieira Lima reforçou a declaração do vice-governador da Bahia, Geraldo Junior (MDB), de que retiraria sua candidatura à prefeitura de Salvador no ano que vem, caso o grupo político comandando pelo governador Jerônimo Rodrigues não chegue à unidade. Em conversa com a Salvador FM, nesta quarta-feira (18), Lúcio pontuou que o entendimento é do partido.

“Se todos os partidos que estão lá dizerem que todos retiram [a candidatura], o MDB retira também. Eu quero dizer o seguinte: o MDB seria um problema, então, retiramos a candidatura. O vice-governador não vai criar problema com o governador para disputar, até a última hora, esticar a corda para nada”, asseverou.

O emedebista comentou sobre a reunião política que ocorreu no último sábado (14). Jerônimo ouviu mais que falou. A federação PT, PCdoB e PV foi a que mais cobrou por um candidato petista, já que temem a redução da bancada. “A reunião foi muito importante, porque Jerônimo está pegando as impressões para tomar a decisão. Agora, o que falta para definir? Falta Jerônimo definir, porque ele já sabe tudo, conhece todos os candidatos. A reunião só serve para Jerônimo. Não é em reunião que vai se fazer, abrir mão de uma candidatura para apoiar outro”, disse. 

Questionado se existe a condicionante de apoio do PT à candidatura de Geraldo em 2024 com a retirada do MDB da chapa majoritária em 2026, Lúcio Vieira Lima pondera. Segundo ele, o jogo precisa ser jogado e tudo depende de como cada parte estará na eleição seguinte. 

“O jogo é jogado. Se Neto tiver qualquer forçazinha, todos os partidos se valorizam, porque tem outro caminho para ir. Neto tirou Marcelo Nilo, todo mundo, porque achava que já estava com a eleição ganha. Se chegar lá na frente, e Jerônimo for o favorito total para a reeleição, ele tira MDB, ele não coloca. Faz o que quiser. Então, eu tenho que fazer cada dia com agonia, eu tenho que trabalhar o meu partido, tenho que sair forte, procurar sair o mais forte possível para que, se tiver condições lá na frente, pela disputa, pela minha força eu ser o escolhido”, explica.