Política

"Uma coisa é uma mulher estuprada; outra coisa é transar indiscriminadamente", diz vereador sobre legalização do aborto

As falas dos vereadores ocorreram após Crisóstomo afirmar que o que está em pauta não é apenas a oferta de aborto seguro, mas a discussão sobre autonomia dos corpos e direitos reprodutivos. 

Reprodução/YouTube
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O vereador Átila do Congo (Patriota) indicou posicionamento contrário à legalização do aborto até a 12 semana de gestação. Durante sessão da tarde desta terça-feira (26), Congo rebateu a fala da vereadora Laina Crisóstomo (Psol), que utilizou a tribuna para defender a legalização do aborto. A pauta começou a ser apreciada no Supremo Tribunal Federal (STF)  na última semana, com voto favorável da presidente da Corte, ministra Rosa Weber. 

"Ouvindo a vereadora Laina falando desse tema, com essa permissão, com essa liberdade do aborto, eu gostaria de entender mais de que forma está sendo tratado pela sociedade. Eu acho que vidas são vidas. Minha esposa está com 9 meses já para ter filho, e que foi um filho gerado com responsabilidade. A gente não pode deixar a sociedade caminhar para um sexo desordenado, porque as crianças são geradas através do sexo. Uma coisa é uma mulher que está sendo estuprada, uma criança estuprada; outra coisa é transar indiscriminadamente, parir todo ano ou não trazer aqui, quero abortar", opinou o vereador.  

Endossando o posicionamento de Congo, o vereador Ricardo Almeida (PSC) também utilizou a bancada para rebater a fala de Crisóstomo. 

"É isso que o Psol e alguns partidos de extrema esquerda querem frazer no Brasil: Instituir o assassinato de crianças indefesas, sobre o pretexto de que a mãe tem o direito de decidir sobre o seu corpo. Deveria decidir no dia anterior à concepção, e não após a concepção", disse. 

Autonomia

As falas dos vereadores ocorreram após Crisóstomo afirmar que o que está em pauta não é apenas a oferta de aborto seguro, mas a discussão sobre autonomia dos corpos e direitos reprodutivos.  

"O que a gente tá lutando é pela vida das mulheres, mas, acima de tudo, pela autonomia dos nossos corpos, pela luta dos direitos sexuais e reprodutivos, e entendendo que a escolha precisa ser da mulher e da pessoa que gesta. Aborto, sendo crime, não impede que as mulheres e as pessoas que gestam sigam praticando aborto. A diferença é que é preciso fazer uma escolha: entregar essas mulheres para um aborto clandestino, é entregar elas para a morte. Quem será que, de fato, está lutando pela vida?", questionou a vereadora, utilizando a tribuna. 

Assista à sessão: