O presidente do PL na Bahia, João Roma, destacou que o cenário caótico na segurança pública no estado, com o avanço da violência e da ação de facções ligadas ao tráfico de drogas, são resultado das administrações petistas à frente do governo estadual. "O PT, de forma leniente, deixou o crime organizado se instalar no nosso estado", declarou Roma, em entrevista à Rádio Excelsior, na manhã desta segunda-feira (18), em Salvador.
O dirigente partidário ressaltou que fica muito à vontade para tecer as críticas aos governos de Jaques Wagner e Rui Costa da mesma forma como elogiou, na semana passada, o fato de o governador Jerônimo Rodrigues ter dado respaldo às polícias Civil e Militar para reprimir a ação das facções criminosas que vêm aterrorizando cidadãos não somente em Salvador, mas em todo território baiano.
"A questão é ver a ousadia do crime organizado que está fazendo enfrentamento ao poder do estado", destacou Roma, que indicou que o retrocesso econômico no estado, puxado pela cobrança alta de impostos, reduz as condições de ascensão social dos baianos. "A pessoa sem emprego torna-se solo fértil para que o crime organizado possa lhe cooptar", explicou o ex-ministro da Cidadania.
Roma também criticou o governador Jerônimo Rodrigues que, em fala recente, tentou culpar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo crescimento da violência devido à política de promoção da legítima defesa defendida pelo ex-mandatário. "As armas que alimentam o tráfico não são compradas em lojas", declarou Roma, ao defender a política de posse e porte de armas estabelecida na gestão Bolsonaro que estabeleceu parâmetros objetivos para que os cidadãos pudessem exercer o direito à legítima defesa da vida e da propriedade em que vivem.
O presidente estadual do PL também ressaltou que continua o trabalho, junto às bancadas federal e estadual do partido, para fortalecer a sigla e dar a ela capilaridade em todo o estado. Ele destacou a atuação de lideranças em toda a Bahia, como o Coronel França, em Teixeira de Freitas, da ex-candidata a deputada estadual Kátia Bacelar, da ex-candidata ao Senado, Doutora Raíssa, do Comandante Rangel, de James Meira, em Jequié, e André Porciúncula, em Salvador.
"Recentemente, conversando com Valdemar e com Bolsonaro, falamos que o PL é um grande partido, mas não podemos jogar com a vaidade. É nessa linha que estou buscando conversar com todos e ver qual a melhor definição para o PL na Bahia", disse João Roma, durante a entrevista na Rádio Excelsior. O ex-ministro salientou que toda essa ebulição dentro do partido o estimula: "é uma sinalização positiva, pois demonstra o interesse pelo maior partido do Brasil na Bahia".
Roma também salientou que entende quem oscila entre um caminho ideológico e um caminho estrutural, de adesão à máquina em Salvador. "Mas estão todos convidados para colaborar, inclusive esses que às vezes levantam e fazem uma queixa ou outra", garantiu o presidente estadual da sigla.
O ex-ministro da Cidadania reiterou a manutenção de sua pré-candidatura a prefeito de Salvador, mas ressaltou que mantém diálogo com o prefeito Bruno Reis (União Brasil). "Já tive um primeiro encontro com Bruno Reis, tratando de problemas da cidade, mas não há nenhum entendimento formatado. No que pese a minha pré-candidatura estar mantida e termos projetos para Salvador, não vamos jogar com a vaidade", explicitou o presidente do PL na Bahia. "É natural que haja disputas internas, mas acredito que em pouco tempo teremos com clareza uma posição", apontou, referindo-se ao apoio à reeleição de Bruno ou o lançamento de candidatura própria.