A presidência do PSOL na Bahia mudou de mãos ontem (17), quando os integrantes da legenda realizaram congresso. Pela primeira vez, o partido vê surgir uma aliança entre a Revolução Solidária, grupo de Ronaldo Mansur e de Tâmara Azevedo, ex-candidata ao senado e pré-candidata à prefeitura da capital, e a Ação Popular Socialista, corrente do deputado Hilton Coelho, com apoio das tendências Semente e Levante dos Búzios.
Como uma das principais medidas, o grupo determinou o rompimento da legenda com o PT na Bahia. A motivação, segundo apurou a Salvador FM, seria, dentre outras coisas, a falta de atenção do governo Jerônimo Rodrigues (PT) a pleitos apresentados pelo partido. A "gota d'água" foi a não resposta de uma carta do PSOL ainda durante o pleito entre Jerônimo e ACM Neto (UB). No documento, os socialistas elencaram uma série de condições para apoiar o nome do PT. Acontece que o documento nunca foi nem mesmo respondido.
Em via paralela, a antiga direção do PSOL, representada por Elze Facchinetti, participava do conselho político do governo. Agora, com a ascensão de Santos à presidência, o partido deve retomar a postura crítica à esquerda-petista e à direita no estado.
Eleição em Salvador – Como reflexo da nova direção, fortalece-se a possibilidade do deputado Hilton Coelho (PSOL) ser o candidato a prefeito de Salvador pela legenda. Ele é próximo de Santos e garante ao partido (e a si próprio) uma visibilidade no maior colégio eleitoral do Estado.