Após a maratona de 115 plenárias municipais, o PSOL Bahia realiza neste domingo (17), a partir das 8h30, o Congresso Estadual da legenda, que vai definir a composição da Executiva e a nova presidência.
Com o fim da votação, serão contabilizados os delegados, e em seguida indicados os nomes para os cargos.
Com base nas discussões e resultado das últimas plenárias, a perspectiva é da mudança de comando e que a sigla realinhe sua atuação política no estado, assumindo uma postura de maior independência em relação ao governo.
Pela primeira vez, o partido vê surgir uma aliança entre a Revolução Solidária, grupo de Ronaldo Santos e de Tâmara Azevedo, ex-candidata ao senado e pré-candidata à prefeitura da capital, e a Ação Popular Socialista, corrente do deputado Hilton Coelho, com apoio das tendências Semente e Levante dos Búzios
"Temos um grande desafio pela frente, que é reafirmar o PSOL como a maior força política da esquerda socialista, uma real alternativa de luta para o povo baiano", declarou Ronaldo Santos, dirigente estadual e candidato a presidente do partido.
"Vivemos um momento de busca de unidade das esquerdas para enfrentamento do fascismo, mas não podemos deixar o PSOL se transformar em um puxadinho de outros partidos", completou Ronaldo.
Tâmara também se manifestou em publicação na sua rede social, comentando as dificuldades vivenciadas durante o processo interno que se encerra neste domingo.
"Foram quase dois meses de debates e de uma grande mobilização em todo o estado para chegarmos até esse momento que promete ser histórico, pois superamos barreiras e interferências externas que tentaram interferir de forma direta nos rumos dos socialistas baianos", afirmou.
"O fortalecimento do PSOL é fundamental para garantir a defesa daqueles que, desde o início da história do nosso país, são negligenciados, esquecidos, silenciados e oprimidos", finalizou a psolista.