Os brasileiros estão divididos acerca da necessidade de uma mulher substituir a ministra Rosa Weber, que se aposenta neste mês no STF (Supremo Tribunal Federal). Para 51%, é indiferente o sexo da pessoa a ser indicada pelo presidente Lula (PT), enquanto 47% dizem que seria importante manter o cargo com uma representante feminina.
Esta é a visão apontada por 2.016 pessoas com mais de 16 anos ouvidas pelo Datafolha nos dias 12 e 13 deste mês. O instituto fez a pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos, em 139 cidades.
De acordo com a Folha, a escolha de Lula se tornou um tema preponderante nos meios jurídicos, particularmente aqueles que se definem como progressistas. Há campanhas na internet para que o petista mantenha a vaga com uma mulher, dado que a corte tem hoje apenas 2 magistradas entre 11 integrantes.
Rosa vai encerrar por limite de idade (75 anos) seus 12 anos de Supremo, tendo sido indicada por Dilma Rousseff (PT), como presidente do tribunal. Lula já fez uma indicação ao Supremo neste terceiro mandato, levando o seu ex-advogado Cristiano Zanin à corte. Foi criticado à direita por isso e, depois, à esquerda, que ficou insatisfeita com votos considerados conservadores do ministro.