Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em colaboração com o Centro de Excelência em Geoquímica do Petróleo, Energia e Meio Ambiente do Instituto de Geociências da UFBA (Lepetro), conduziu uma análise crucial sobre a origem do óleo que vem atingindo as praias da região, causando alarme entre as autoridades ambientais.
A investigação, liderada pela renomada pesquisadora Olívia Oliveira, revelou que o óleo derramado nas praias de Salvador guarda uma forte correlação com o petróleo produzido no Kuwait, no Oriente Médio. De acordo com o laudo técnico divulgado, existe uma possibilidade significativa de que o descarte de água oleosa de tanques de algum navio petroleiro em trânsito no mar da Bahia tenha sido a causa do aparecimento das 'bolas de óleo' na Praia da Barra em Salvador.
É importante destacar que esse óleo não é o mesmo que afetou as praias em 2019, originário da Venezuela, nem o óleo de 2022, que teve origem no Golfo do México. A diferença na composição química entre esses incidentes de derramamento de óleo levanta questões sobre a diversidade de fontes que podem estar contribuindo para a contaminação da costa baiana.
O derramamento de óleo já se estende pela costa sul da Bahia, gerando grande preocupação para as autoridades ambientais. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) já mobilizou uma equipe para coletar amostras do óleo que atingiu os municípios do sul da Bahia. Essas amostras serão enviadas ao Lepetro UFBA, que é reconhecido como referência no estudo e análise de substâncias dessa natureza.
O resultado dessa pesquisa é um passo importante para entender a origem do óleo que continua a afetar o ecossistema marinho da Bahia e para tomar medidas eficazes na prevenção de futuros incidentes de derramamento de petróleo. A colaboração entre a academia e as autoridades ambientais desempenha um papel fundamental na proteção do meio ambiente e na preservação das praias paradisíacas da Bahia.
