Em uma sessão na Câmara Municipal, realizada na tarde de segunda-feira (4), representantes das comunidades do Bosque Imperial de Inema, do Loteamento das Mangueiras, Mariango e Beira Rio, Antônio Alves dos Santos e Priscila da Paixão, expressaram a profunda apreensão que assola muitas famílias residentes nestas áreas. A concessionária de rodovias ViaBahia, responsável pela operação das estradas no estado, solicitou a reintegração de posse em zonas residenciais, um ato que preocupa comunidades carentes, incluindo pescadores e pessoas que vivem nessas localidades há mais de quatro décadas.
"Estamos aqui para pedir o apoio dos vereadores. Muitas famílias vivem nessas áreas há mais de 40 anos. São pessoas com poucos recursos, muitas delas pescadoras, que não têm meios para contratar um advogado", declarou Antônio Alves. A reintegração de posse abrange as rodovias BA-526 e BA-528.
O orador da Tribuna Popular também destacou que a ViaBahia nunca buscou dialogar com os moradores para discutir a situação e alegou preocupações com segurança devido aos veículos, ressaltando que "as pessoas estão sofrendo problemas de saúde decorrentes desse processo de reintegração de posse".
Priscila da Paixão relatou que a ViaBahia obteve informações dos moradores por meio de uma pesquisa realizada pela própria concessionária. Ela encerrou seu discurso pedindo apoio à causa e às famílias afetadas.
O vereador Antônio Carolino (Podemos), responsável por agendar a participação dos representantes das comunidades na Tribuna Popular, criticou a ViaBahia por continuar causando prejuízos aos habitantes da Bahia e agora gerar caos para dezenas de famílias que residem nessas localidades há mais de 40 anos.
O vereador André Fraga (PV) compartilhou da mesma preocupação e sugeriu a criação de uma Comissão de Investigação da ViaBahia na Câmara. Kiki Bispo (União), líder do governo, lembrou que "foi durante o governo do PT que a ViaBahia se tornou concessionária no estado".
Por fim, o vereador Tiago Ferreira (PT) defendeu a união dos moradores dessas localidades em sua luta e informou sobre a existência de um processo paralelo e individual de um morador tratando do mesmo assunto. A situação continua a ser monitorada atentamente pela comunidade e pelas autoridades locais.