Política

Mauro Cid revela "grande problema" sobre as joias sauditas em conversa com advogado de Bolsonaro

Colar de diamantes e o Kit Rose Gold foram presenteados pelo governo saudita à Presidência da República do Brasil, em outubro de 2021

Mauro Cid/Agência Brasil
Mauro Cid/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em conversa com o advogado do liberal, Fábio Wajngarten, que "foi o grande problema" o fato de as joias sauditas terem entrado de modo clandestino e, depois acabarem apreendidas na Receita Federal.

A mensagem, conforme a colunista Juliana Dal Piva, do UOL, foi escrita no dia 4 de março. Na oportunidade, o militar fez menção ao "grande problema" do caso junto a um tuíte de um perfil de humor que mencionava que caso as joias fossem um presente elas estariam uma mala diplomática e que constaria o registro do presente ao Estado. Ao final, a mensagem questionava o motivo de alguém trazer "escondido na mochila".

O colar de diamantes e o Kit Rose Gold foram presenteados pelo governo saudita à Presidência da República do Brasil, em outubro de 2021. Depois, a comitiva do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, chegou com os itens no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. 

O colar de diamantes ficou retido na Receita Federal. Já o Kit Rose Gold, com o relógio da marca Chopard, entrou clandestinamente em uma mochila de um assessor do ministro.

No domingo (3), a coluna revelou que, ao falar das joias, Cid chegou a admitir, em 5 de março deste ano, que os itens eram de "interesse público, mesmo que sejam privados". Ele ainda tirou fotos de imagens da Lei 8.394 e sublinhou o trecho em que a norma descreve que, em caso de venda, a União teria preferência.