Na tentativa de esvaziar o primeiro 7 de Setembro do governo Lula 3, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma campanha contra o Dia da Independência do Brasil, que neste ano será celebrado na próxima quinta-feira (7).
Bolsonaristas tem defendido que a população não vá às ruas na data. Conforme o jornal O Globo, a campanha, que ganhou o mote “fique em casa", é uma espécie de ironia à expressão usada na pandemia para incentivar o distanciamento social, já ganhou adesão de parlamentares e de militantes nas redes sociais.
O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) foi um dos que encamparam a ideia. Em vídeo publicado nas redes sociais há quatro dias, ele afirma que o 7 de Setembro será o dia de manifestar "insatisfação e indignação através do luto e do silêncio”.
Outro parlamentar apoiador do ex-presidente que se manifestou foi o senador Magno Malta (PL-ES). O liberal defendeu o boicote à data em declaração à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Na oportunidade, ele ainda disparou críticas contra as Forças Armadas.
Nas redes sociais, ainda conforme O Globo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentam que “não há o que se comemorar” e que ir às ruas seria prestigiar os “traidores da pátria”. Há ainda quem defenda que os bolsonaristas, além de ficarem em casa, façam um Pix de R$ 1 para o ex-titular do Planalto no feriado.
Nos anos em que esteve à frente da Presidência da República, Bolsonaro usou o 7 de setembro para levar multidões às ruas e demonstrar força política. Este ano, porém, o ex-mandatário se encontra num dos momentos de maior fragilidade, com o avanço de investigações que atingem também aliados e familiares.