Política

Governo corta salário de professores que paralisaram aulas para reivindicar verbas dos precatórios, dizem deputados

Nas redes sociais, diversos educadores ficaram indignados com os cortes, que alcançam o montante de R$ 800 nos vencimentos. "Prometeram e fizeram mesmo. Eu estou indignada", escreveu uma professora.

Sandra Travassos/ALBA
Sandra Travassos/ALBA

O governo da Bahia cortou os dias não trabalhados pelos professores estaduais que paralisaram as aulas para reivindicar o pagamento dos juros e mora dos precatórios do Fundef. Apesar da mobilização, o governo conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) a proposta da maneira que queria – sem o acréscimo desejado pela classe. 

Nas redes sociais, diversos educadores ficaram indignados com os cortes, que alcançam o montante de R$ 800 nos vencimentos. "Prometeram e fizeram mesmo. Eu estou indignada", escreveu uma professora. 

Hoje, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputados cobraram a reposição salarial e lembraram que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) é professor de uma universidade estadual. "Professor-governador, ainda dá tempo de rever essa posição, o dinheiro não caiu na conta dos professores. Não acrescente essa ação vergonhosa ao seu currículo", pediu Hilton Coelho (PSOL), que foi acompanhado do líder da oposição, Alan Sanches (UB). "Foram cortados R$ 800 pelos dias paralisados. O governador, que sempre foi sindicalista, parece que desaprendeu a negociar. Quantos dias foram paralisados? Quatro, cinco, seis? É assim, na ditadura é no chicote?", questionou.

Nenhum deputado alinhado à atual gestão fez a defesa do governo.