Política

Presidente da AL-BA diz que sessão dos precatório 'não foi subterrânea' e desabafa sobre educação no Brasil: 'Tragédia'

"Não posso aceitar que a sessão foi subterrânea. Não foi escondida, foi divulgada, tanto é que os professores estavam aqui. É uma categoria importantíssima. Minha mãe é professora, naquela época a gente sabia das condições, e ela se apresentou com 20h. Tem um salário de R$ 2,5 mil", afirmou

Sandra Travassos/ALBA
Sandra Travassos/ALBA

Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD) defendeu a sessão da Casa que votou as verbas dos precatórios para os professores. Com início no fim da tarde, e término na madrugada, Adolfo disse que a votação não foi "subterrânea", como acusou o deputado Hilton Coelho (PSOL). 

"Não posso aceitar que a sessão foi subterrânea. Não foi escondida, foi divulgada, tanto é que os professores estavam aqui. É uma categoria importantíssima. Minha mãe é professora, naquela época a gente sabia das condições, e ela se apresentou com 20h. Tem um salário de R$ 2,5 mil", afirmou. 

Menezes disse ainda que falta coragem dos políticos de enfrentarem a questão da educação. "A classe é muito grande, mas ninguém tem coragem de enfrentar o problema. Precisamos nos debruçar sobre a tragédia que é a educação no Brasil. Basta entrar aí no Google pra ver como o Brasil está colocado no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos]", disse. 

Adolfo Menezes defendeu ainda a sua atuação na votação. Em determinado momento, ele chegou a xingar ao pedir que os professores respeitassem os discursos dos deputados. "A0 educação está descendo a ladeira. Só não vê quem não quer. Se numa sala de aula, os deputados chegassem esculhambando, o que os professores fariam? Eu sou presidente, tenho que dirigir a Casa. Ou então renunciar". 

Para Menezes, o problema na educação reflete na segurança pública. Vamos continuar enxugando gelo na segurança com essa tragédia. Enquanto não houver seriedade dos homens públicos, da maioria em Brasília, vamos continuar nesse lengalenga", desabafou.