Com o intuito de reverter a partidarização da data e das Forças Armadas, que marcou os anos de Jair Bolsonaro (PL), o governo Lula (PT) vai usar a primeira cerimônia de 7 de Setembro, após o liberal deixar o poder, para transmitir uma mensagem de união do país.
Segundo a Folha, as cores verde e amarelo serão usadas como tentativa de mostrar que não foram capturadas pelo bolsonarismo. Já o slogan será democracia, soberania e união. Além disso, a gestão federal busca associar as três Forças com o conceito de democracia, ressaltando o tema em um evento essencialmente marcado pela militarização.
O evento ocorrerá nove meses após os atos golpistas de 8 de janeiro. Em 2022, antes das eleições de outubro, o desfile foi utilizado como ato de campanha de Bolsonaro, então candidato à reeleição, que, logo em seguida ao desfile na Esplanada, discursou em um palco ao lado do evento.
Neste ano, o desfile de Brasília contará com a participação de Lula e demais autoridades, como de praxe, mas será mais breve – a duração prevista é de duas horas. A avaliação é a de que a comemoração estava muito longa, cansativa e que não há necessidade de tantos órgãos envolvidos como antes.