Integrantes do núcleo mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que a uma condenação e um eventual prisão do liberal pode ficar ainda mais forte após a falta de apoio a ele especialmente entre os militares.
Conforme a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o suporte entre os membros das Forças Armadas teria acabado, também conforme esses interlocutores, depois do envolvimento do general Mauro Lourena Cid no caso das joias.
Antes disso, havia a expectativa de que setores militares pudessem "dialogar", ou seja, fazer pressão sobre o Judiciário por Bolsonaro e pela liberdade do tenente-coronel Mauro Cid, filho do general. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente é um dos pivôs dos escândalos que envolvem o ex-presidente, e está preso há mais de três meses.
O general Mauro Lourena Cid emergiu no escândalo depois que mensagens de seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, mostraram que o pai ajudou a comercializar objetos de luxo de Bolsonaro no exterior. O militar passou a ser investigado sob a suspeita de gerar um caixa dois para o ex-presidente, fruto da venda das joias. Em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, o tenente diz que o pai general tinha US$ 25 mil para entregar a Bolsonaro, em dinheiro vivo.