Em rota de colisão com o secretário-executivo do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar pode perder a chance de ser reconduzido ao posto, no pleito que acontece em maio do próximo ano.
O embate entre dois dos principais nomes do partido teve início após Bivar – que é deputado federal por Pernambuco – fazer uma intervenção no diretório do Amazonas e convocar, unilateralmente, a convenção estadual para tentar eleger lideranças locais afinadas a ele.
Por causa disso, conforme o jornal O Globo, a maioria dos membros da executiva nacional — sete de dez integrantes — enviou aos parlamentares do partido uma nota com críticas a Bivar.
O documento enviado aos parlamentares foi assinado por ACM Neto, José Agripino Maia (ex-senador), Ronaldo Caiado (governador de Goiás), Professora Dorinha Seabra (senadora por Tocantins), Mendonça Filho (deputado federal por Pernambuco), Davi Alcolumbre (senador pelo Amapá e ex-presidente do Senado) e Bruno Reis, prefeito de Salvador.
Há uma escalada na insatisfação com o presidente da legenda, e uma ala do União se movimenta para que ele não seja reconduzido ao comando da sigla. Entre os críticos, há a avaliação de que as intervenções dele nos estados ocorrem justamente para lhe garantir maioria na legenda e impedir que outro nome o substitua.
"O presidente Bivar, infelizmente, tomou uma decisão individual que caberia à executiva nacional, o que mostra a necessidade de uma repactuação interna no partido, inclusive, para que deputados e senadores tenham maior peso nas decisões", disse ACM Neto, ao Globo.