A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) realizou um minuto de silêncio em homenagem à ativista Bernadete Pacífico, assassinada na noite de quinta-feira (17) em Simões Filho.
Ex-prefeito da cidade onde o fato ocorreu, Eduardo Alencar (PSD) lamentou o crime e lembrou da relação com Bernadete. "Foi uma execução de uma senhora que só fazia o bem. Ela foi minha secretária de Igualdade Racial e todos nós, do país, ficamos chocados. Tem sido um momento de reflexão para todos nós. A violência que está acontecendo no nosso país, na Bahia, ninguém pode esconder", afirmou.
Zó (PCdoB) também fez uso da fala para ressaltar o fato. "Uma líder religiosa, trabalho importante no eu município. A violência tem tomado de assalto nossas periferias e entra novamente na casa dessa líder, que já teve seu filho morto. É preciso que se tome as devidas providências para que esse assassinato não vire outros assassinatos. Que os assassinos, os mandantes, sejam punidos", pediu.
Mãe Bernadete estava dentro de casa, no quilombo Pitanga dos Palmares, assistindo televisão com três netos adolescentes, quando dois homens invadiram a casa. Eles tiraram os netos da ialorixá da sala e a executaram com vários tiros, 12 dos disparos na cabeça.
De acordo com a Polícia Civil da Bahia, uma das linhas de investigação é o conflito pela posse da terra onde está o quilombo. A área de cerca de 854 hectares foi caracterizada pelo Governo do Estado como local com “histórico complexo de disputas e conflitos fundiários”. Apesar disso, a corporação não descarta outras possibilidades.
