A autorização de buscas após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, deixou em alerta aliados e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro. A preocupação analisa o texto recheado de menções que indicam a gravidade da situação, principalmente com a autorização de transações com as joias sauditas sob investigação.
“A decisão menciona Bolsonaro do começo ao fim. É o prenúncio de uma decisão mais drástica no futuro”, disse uma fonte do site OGlobo.
O despacho cita Bolsonaro 93 vezes ao longo de 105 páginas e, entre a maior preocupação dos aliados está uma possível ordem de prisão. O cenário piorou após a PF solicitar a Moraes a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente, além de pedir que ele seja ouvido na investigação, que apura um esquema de desvio de joias e outros itens de luxo do acervo da Presidência da República.
“Os elementos de prova colhidos demonstraram que na gestão do ex-presidente foi criada uma estrutura para desviar os bens de alto valor presenteados por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, para serem posteriormente evadidos do Brasil, por meio de aeronaves da Força Aérea brasileira e vendidos nos Estados Unidos”, aponta o relatório da PF.
De acordo com o site, os aliados não têm dúvidas sobre a prisão, e já questionam quando ela será decretada. A avaliação PL é de que o foco do Judiciário é a condenação criminal. Os aliados avaliam que diversas investigações sob a relatoria de Alexandre de Moraes atormentam o ex-presidente e podem trazer implicações ainda mais graves para sua carreira política.
“Como dá pra fazermos mil prefeitos com Bolsonaro preso? O PL não vai morrer, mas fica mais difícil”, admite um integrante do partido de Valdemar Costa Neto.