A regulação de pacientes no sistema público estadual de saúde foi alvo de intenso debate na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na tarde desta quarta-feira (9). Líder da oposição, Alan Sanches (UB) classificou o modelo adotado na Bahia como ineficaz. "Além da fila da morte, é da tortura. As famílias saem pedindo a todo mundo, colocando na rede social para tentar sensibilizar. Essa Casa não pode ficar calada", afirmou.
Ainda de acordo com Sanches, o deputado Junior Nascimento (UB), disse ter recebido, em apenas um dia, 45 pedidos de regulação. "Ontem, um colega nosso, Junior Nascimento, disse que recebeu 45 pedidos de regulação. Como um deputado apenas, tenho certeza que todos recebem, diz que a fila está correta? não é possível", concluiu.
Líder do governo, Rosemberg Pinto (PT) atribuiu cunho político à reclamação de Sanches e disse ver influência do ex-prefeito ACM Neto (UB) na reclamação. "O sumido voltou e orientou: vocês estão muito carinhosos na Assembleia, precisa ser mais duro. Querido Alan, tenho carinho grande por vossa excelência, agora imagine, presidente, como era esse estado antes do PT", pediu.
"Você tem a regulação que as pessoas se cadastram e têm como saber como está para ser atendido. Tem especialidade que às vezes não tem no tempo necessário. No passado, não tinha divulgação das filas. As pessoas morriam sem chegar ao hospital e quem tinha acesso aos hospitais públicos eram os amigos dos políticos. Essa fila que existe hoje dá condição para qualquer pessoa ser atendida…uma pessoa em Itapetinga me agradeceu que chegou uma UTI para pegar a criança. Ela disse que se fosse em outro período, a filha tinha morrido. Agora é uma UTI pegando uma pessoa pobre, que tem um atendimento digno. É lógico que temos problemas", completou.