O Sindicato dos Rodoviários admite que um número reduzido de ônibus saiu das garagens na manhã desta terça-feira (10) no Subúrbio de Salvador por conta da mobilização contra o impeachment organizada pela CUT Bahia. O diretor de Formação Política da entidade, Tiago Ferreira, alega que houve dificuldades para os coletivos começarem a rodar na região, mas garante que os veículos já estão circulando normalmente na cidade. Segundo ele, o sindicato não aderiu oficialmente à mobilização nacional, mas pode se juntar aos protestos caso a paralisação ganhe força. "Não tinha como colocar os carros nas ruas se a Avenida Suburbana estava parada, se a BR estava parada […]
Se ganhar força, nós vamos ter que aderir ao movimento", ressaltou Tiago, que também faz parte da direção nacional da CUT. Na manhã de hoje, ônibus foram usados para bloquear pistas, como na Avenida Suburbana. Para o diretor do Sindicato, um eventual crescimento dos protestos pode inclusive colocar em risco rodoviários e passageiros, provocando o retorno dos coletivos às garagens. "Se a manifestação continuar com o fechamento de pistas, nós podemos recolher os carros. Caso haja fechamento de garagem, estradas sejam bloqueadas, nós não podemos passar por cima de uma mobilização nacional", analisou.
Os atos na Bahia fazem parte da paralisação nacional contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Trabalhadores interrompem o trânsito em rodovias e ruas da capital baiana. Segundo a CUT Bahia, rodoviários, bancários, petroleiros, profissionais de saúde, vigilantes, metroviários, ferroviários, serviço público, comerciários, professores e estudantes garantiram participação nas manifestações e vão parar suas atividades por até seis horas.
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