Apesar de toda pressão e da vontade vista dentro de campo, ainda não foi dessa vez que o Bahia conseguiu convencer o torcedor e, principalmente, construir um resultado para afastá-lo do Z-4 do Brasileirão. O empate em 0 a 0 frustrou a torcida e o treinador Renato Paiva, que vem sendo alvo de protestos.
Em coletiva após o jogo deste sábado (22), na Arena Fontes Nova, o técnico afirmou que o tricolor foi superior, mas pecou nas conclusões.
"Acho que fizemos um grande jogo, primeiro tempo foi brutal da nossa parte. Corinthians é uma boa equipe, mas praticamente não tiveram bola e, assim que tinham, perdiam. A equipe bem posicionada após uma boa semana de trabalho. Depois, não só na finalização, mas no último passe. É um detalhe, de fato, jogo que tivemos várias finalizações, adversários poucas ou nenhumas", avaliou.
Segundo Paiva, mesmo com o resultado inesperado, o trabalho feito pelo grupo não pode ser condenado.
"Não posso dizer mais nada a não ser valorizar o trabalho dos jogadores e continuar nesta linha, defender melhor, mais juntos e mais à frente. É um passo que queríamos dar, mas, às vezes, uma linha subia, outra não subia, tínhamos pouco tempo de trabalho ao longo da semana. Outra vez fica a pena de não somarmos três pontos", lamentou.
Protestos
O treinador também foi questionado sobre os protestos contra o seu trabalho à frente do grupo. Também refutou as acusações de não respeitar a torcida.
"A torcida é soberana, todas são. Já disse várias vezes, eu tive uma reunião com a Bamor, com a torcida, no CT, é público, eles falaram sobre algumas falas minhas, uma delas foi dizer que quem manda é o City, e parece que desvalorizei a torcida. Eu falei na mesma entrevista que a torcida sempre terá direito a opinião. Eu disse que quem é avalia meu trabalho é o Grupo City porque estão no dia a dia, meus treinos, como trabalho com os jogadores. Isto não implica que a torcida não tem direito a falar sobre meu trabalho", disse.
O Bahia volta a campo no próximo domingo (30), contra o São Paulo, às 11h, no Morumbi.