Política

Olívia Santana critica distribuição de cesta básica no Bahia Sem Fome e sugere 'ações estruturantes' 

Olívia disse ainda que, no lugar da distribuição da cesta básica, seria mais digno fornecer um cartão para que as famílias decidissem quais gêneros alimentícios deveriam ser comprados

Henrique Brinco / Bnews
Henrique Brinco / Bnews

Deputada aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Olívia Santana (PCdoB) criticou a distribuição de cesta básica como item principal do programa Bahia Sem Fome. O projeto tem como objetivo mitigar a fome no Estado, que foi apontado recentemente como quinto estado com a maior quantidade de habitantes em situação de Insegurança Alimentar (IA), com 9,38 milhões de pessoas, representando 62,6% da população. Na visão da parlamentar, o projeto precisa de outras ações estruturantes que dêm mais perenidade ás ações. 

"É um programa fundamental para a Bahia. Temos que fazer que dê certo. É importante a entrega de cestas básicas, mas  precisamos de outras ações estruturantes. Sugeri a criação de uma rede de restaurantes populares em parceira com o governo federal. Fazer com que essa rede possa ser instalada, vai fazer com que as pessoas que mais precisam tenham acesso a política mais permanente", afirmou, em entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da Band News Fm. 

Olívia disse ainda que, no lugar da distribuição da cesta básica, seria mais digno fornecer um cartão para que as famílias decidissem quais gêneros alimentícios deveriam ser comprados. 

"Acho que essa questão da cesta básica a gente tinha tido avanço quando deu um cartão no bolsa família, que é uma coisa digna. É um conjunto de ações que vão dar acesso às pessoas. Aquela mulher, mãe de família, vai fazer a compra do gênero alimentício que ela quiser. Não acho legal volta de cesta básica. Acho que tem que ser em situação de emergência, mas em outra situação, como estamos, embora eu entenda que a pandemia está controlada, mas as pessoas passam fome, entendo que a cesta básica não pode ser carro-chefe do Bahia Sem Fome", afirmou.