O Ministério Público da Bahia (MP-BA) acolheu a denúncia apresentada pela vereadora de Salvador, Ireuda Silva (Republicanos) após ter sido vítima de ofensas racistas na porta da Câmara Municipal de Salvador (CMS).
A ação cita atos de violência moral, física e psicológica. “O Ministério Público tem demonstrado agilidade e comprometimento ao analisar o caso e não tenho dúvida de que a justiça será feita. Todas as mulheres que sofrem violência podem procurar o órgão, que tem uma atuação exemplar na rede de proteção à mulher”, disse Ireuda.
A vereadora Ireuda Silva, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, foi atacada moral e fisicamente por servidores da educação após a aprovação do reajuste de 8% nos salários. O projeto de lei do Executivo foi aprovado por unanimidade, em acordo entre governistas e oposição, que votou unida a favor da matéria. Houve frases racistas e machistas disparadas contra Ireuda, como relembra a própria vereadora.
O presidente da Câmara de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), bem como dezenas de colegas e outros políticos, expressou profundo repúdio ao ocorrido e prometeu tomar as medidas cabíveis: “Os professores sempre exigem. Se exigem respeito, precisam respeitar. Isso não foi feito por professores. Na próxima votação, vou mandar reforçar a segurança. Nenhum vereador pode ser agredido pela forma de votar”.