A validade do testamento deixado pelo apresentador Gugu Liberato– morto em 2019- foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta terça-feira (20). O documento não inclui Rose Miriam, mãe dos filhos dele, entre os herdeiros.
A decisão foi tomada pela 3ª turma do STJ com o voto da ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, que entendeu que Gugu escolheu destinar todo o seu patrimônio, não somente a parcela disponível, excluindo os herdeiros naturais.
As gêmeas Marina e Sofia entraram na Justiça questionando a redução testamentária para resguardar a parte do patrimônio. Após a decisão, o advogado das gêmeas, Nelson Wilians, diz respeitar, mas afirma que irá recorrer.
"Os ministros decidiram reverter a correta decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que havia reduzido a disposição testamentária, a fim de que o testamento deixado pelo apresentador Gugu Liberato respeitasse o disposto na Lei e na jurisprudência do próprio STJ. No testamento, ele dispôs de 100% da totalidade de seus bens, sem respeitar a parte legítima dos filhos”, disse em nota.
O processo de reconhecimento de união estável movido por Rose não será alterado e uma nova audiência sobre o caso está prevista para acontecer nesta quarta-feira (21).
Vale lembrar que a batalha judicial gira em torno do testamento deixado pelo apresentador, que não reconheceu Rose como companheira em união estável e, portanto, ela não foi incluída no testamento. Rose entrou na Justiça para receber 50% do valor da herança.
Enquanto o filho João Augusto Liberato, a irmã de Gugu, Aparecida Liberato e os sobrinhos, que também são herdeiros, defendem que seja feita a vontade do apresentador, as filhas dele Sofia e Marina apoiam a mãe.